Trump Divulga Fotos de Navios de Guerra no Caribe; Especialista Diz que Frota é para ‘Ataque e Invasão’ da Venezuela
As imagens mostram um navio de assalto anfíbio e outras embarcações de guerra navegando perto da costa venezuelana, em uma ação que, segundo especialistas, vai além do combate ao tráfico de drogas.
INTERNACIONAL


O governo de Donald Trump divulgou as primeiras imagens da frota de navios de guerra que enviou para o mar do Caribe, perto da costa da Venezuela. As fotos, que mostram navios de assalto anfíbio e outras embarcações com mísseis e canhões, reforçam as acusações do presidente venezuelano Nicolás Maduro de que os EUA pretendem invadir seu país. Embora Washington use o pretexto de combater o tráfico de drogas, um especialista em segurança, em declaração à CNN, afirmou que o equipamento da frota é "claramente um equipamento de ataque e invasão".
As imagens divulgadas pela Marinha dos EUA mostram três navios de guerra: o navio de assalto anfíbio USS Iwo Jima e os navios de transporte USS San Antonio e USS Fort Lauderdale. As embarcações fazem parte de uma frota maior, que inclui oito navios de guerra, e um submarino nuclear. A força da frota é impressionante.
- USS Iwo Jima: Navio de assalto anfíbio, equipado para operar aeronaves de decolagem curta e pouso vertical, além de realizar operações de desembarque de tropas e veículos, com grande capacidade para projetar poder aéreo e terrestre. 
- USS San Antonio e USS Fort Lauderdale: Navios-doca de desembarque, projetados para transportar fuzileiros navais, veículos e equipamentos, e realizar operações anfíbias. 
- Destróieres: Três navios da classe Arleigh Burke, equipados com o sistema de combate Aegis e mísseis Tomahawk teleguiados, capazes de atingir alvos a centenas de quilômetros de distância. 
- Submarino Nuclear: Um submarino da classe Los Angeles, que pode realizar operações de guerra submersa, espionagem e ataques de precisão. 


O governo de Donald Trump afirma que o objetivo da frota é combater o tráfico de drogas, que agora é tratado como uma atividade terrorista. No entanto, o presidente venezuelano Nicolás Maduro acusou os navios de estarem "apontados" para o país e prometeu uma "luta armada" se a Venezuela for agredida.
A análise do cientista político Carlos Gustavo Poggio, professor do Berea College, nos EUA, reforça a narrativa de Maduro. Para ele, a frota de guerra não é condizente com uma operação de combate ao tráfico. "É claramente um equipamento de ataque e invasão. Se o ataque e a invasão vão acontecer, não sabemos", disse o especialista. A militarização do Caribe, portanto, é vista por muitos como uma ameaça real à soberania da Venezuela.


