Trump Confirma Tarifa Global de Até 20%, Mas Mantém Taxa de 50% Para o Brasil: Mais que o Dobro!

Presidente americano fala em alíquotas para parceiros sem acordo, enquanto governo brasileiro lamenta portas fechadas para negociação em meio à escalada de tensões.

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7/28/20252 min read

A política comercial do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, continua a gerar controvérsia e a impactar relações globais. Nesta segunda-feira (28), Trump afirmou que pretende aplicar tarifas entre 15% e 20% a parceiros comerciais que não firmarem acordos com Washington. A notícia é especialmente relevante para o Brasil, que, caso essa previsão se confirme, continuará sendo submetido a uma taxa de 50% sobre seus produtos, mais que o dobro da alíquota geral.

A medida contra o Brasil está prevista para entrar em vigor em 1º de agosto, e a diferença na porcentagem destaca uma postura específica dos EUA em relação ao país sul-americano.

Negociações com a China e Europa:

Em meio a essa declaração, Trump também comentou sobre a China, indicando que "adoraria" ver o gigante asiático abrir seus mercados para produtos americanos. As autoridades econômicas dos EUA e da China retomaram as negociações em Estocolmo nesta segunda-feira (28), buscando uma possível prorrogação da trégua tarifária por mais três meses. O prazo final para um tratado tarifário duradouro entre os dois países é 12 de agosto, com risco de novas tarifas caso não haja acordo.

Recentemente, Trump já havia fechado um grande acordo comercial com a União Europeia, estabelecendo uma tarifa de 15% sobre a maioria das exportações do bloco para os EUA, além de garantir US$ 600 bilhões em investimentos europeus. O presidente americano também firmou tratados com Reino Unido, Indonésia, Filipinas, Vietnã e Japão, sendo o acordo com os japoneses notável por prever investimentos de US$ 550 bilhões e tarifas recíprocas de 15%.

Brasil: Portas Fechadas para Negociação?

Em contraste com esses acordos, o governo brasileiro tem se queixado da falta de disposição de Donald Trump para negociar. O Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) informou que o Brasil busca o diálogo "sem qualquer contaminação política ou ideológica", mas que os canais de comunicação não têm sido eficazes.

Especialistas apontam que a política comercial americana sob Trump tem um forte viés geopolítico, com decisões tarifárias que partem diretamente da cúpula da gestão republicana, dificultando negociações com equipes técnicas da diplomacia. Além disso, interesses como a disputa por influência com a China na América do Sul e o recente interesse dos EUA nas terras raras brasileiras adicionam camadas de complexidade à relação.

A situação do Brasil, com a tarifa de 50% se aproximando, continua sendo um ponto de atenção no cenário econômico e diplomático.