Trump anuncia plano para expulsar moradores de rua de Washington
Presidente dos EUA diz que removerá sem-teto da capital e prenderá criminosos, prometendo tornar Washington “mais segura e bonita”.
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O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou neste domingo (10) que pretende despejar moradores de rua da capital, Washington, D.C., e prender criminosos que atuam na cidade.
A declaração foi feita em postagem na rede social Truth Social, onde também prometeu realizar uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira (11) para apresentar medidas contra crimes violentos.
Trump afirmou que os moradores de rua seriam enviados para abrigos “longe da capital”, enquanto criminosos iriam diretamente para a prisão.
“Os moradores de rua precisam se mudar, imediatamente. Nós lhes daremos lugares para ficar, mas longe da capital. Os criminosos… vamos colocá-los na cadeia, onde pertencem”, escreveu.
A Casa Branca não explicou qual autoridade legal permitiria a Trump despejar pessoas de Washington, já que o presidente controla apenas propriedades e terras federais na cidade.
O distrito possui cerca de 3.782 pessoas em situação de rua, sendo a maioria em abrigos de emergência ou moradias temporárias. Cerca de 800 vivem diretamente nas ruas, segundo a organização Community Partnership.
Trump publicou fotos de barracas e ruas com lixo, dizendo que pretende deixar a cidade “mais segura e bonita do que nunca”.


A fala de Trump ocorre após um ataque a um jovem funcionário de seu governo, que o irritou e levou à mobilização de 450 policiais federais no último sábado (9).
Segundo a Casa Branca, as operações visavam combater crimes como porte ilegal de arma, direção com carteira suspensa e uso de motocicletas de forma irregular.
A prefeita democrata Muriel Bowser negou que a cidade esteja enfrentando um aumento na criminalidade, lembrando que os índices atuais são os mais baixos em 30 anos.
Segundo dados oficiais, a criminalidade violenta caiu 26% nos sete primeiros meses de 2025, e a criminalidade geral, cerca de 7%, em comparação com 2024.
Bowser destacou que Trump poderia convocar a Guarda Nacional, mas considerou suas declarações mais políticas do que práticas.