Rússia Lança o Maior Ataque Aéreo da Guerra Contra Kiev e Atinge Prédio do Governo Pela Primeira Vez
Ofensiva com mais de 800 drones e 13 mísseis deixou ao menos 5 mortos no país e mostra que Moscou intensificou o conflito, aprofundando a 'lógica da guerra e do terror', segundo Zelensky.
INTERNACIONAL


A guerra na Ucrânia atingiu um novo e alarmante patamar. A Rússia lançou, neste domingo (7), o maior ataque aéreo contra a capital, Kiev, desde o início do conflito, utilizando mais de 800 drones e 13 mísseis. A ofensiva, que resultou na morte de cinco pessoas e deixou um rastro de destruição, atingiu, pela primeira vez, um prédio do governo ucraniano, em uma clara escalada de violência que desafia a diplomacia e a paz. O presidente Volodymyr Zelensky condenou o ataque, dizendo que a Rússia "está se aprofundando cada vez mais na lógica da guerra e do terror".
O ataque russo se destacou não apenas pela quantidade de drones, mas também por seus alvos estratégicos. O prédio que abriga os gabinetes dos ministros da Ucrânia, localizado no distrito histórico de Pechersky, em Kiev, foi atingido, em um ataque simbólico que mirou o coração do poder ucraniano. As autoridades ainda investigam se o edifício foi bombardeado diretamente ou se foi atingido por destroços, mas o ataque já é um sinal da escalada de violência.
A Rússia, que confirmou o ataque, alegou que a ofensiva tinha como alvo fábricas de armamentos ucranianas, infraestrutura de transporte e aeródromos. No entanto, os danos a prédios residenciais e a morte de civis, incluindo um bebê de três meses, mostram o custo humano e a crueldade da guerra.


A ofensiva deixou um rastro de tragédia. Além das cinco mortes confirmadas, o ataque causou a morte de duas pessoas em um prédio residencial no oeste de Kiev, incluindo um bebê, e um homem de 54 anos em Dnipropetrovsk. A primeira-ministra ucraniana, Yulia Svyrydenko, lamentou a perda de vidas e disse que "o mundo precisa responder não apenas com palavras, mas com ações". O presidente Volodymyr Zelensky reforçou o apelo, pedindo aos aliados que reforcem as defesas aéreas da Ucrânia. O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, também manifestou solidariedade, dizendo que os ataques são "covardes" e que o presidente russo, Vladimir Putin, não leva a sério a paz.
O ataque massivo da Rússia mostra que o conflito está longe de ter um fim. A ofensiva, que utilizou a maior quantidade de drones desde o início da guerra, é um sinal de que a diplomacia fracassou em conter a violência. Zelensky, em sua publicação no X (antigo Twitter), disse que os "assassinatos agora, quando a diplomacia real já poderia ter começado há muito tempo, são um crime deliberado e um prolongamento da guerra". O ataque é um lembrete sombrio de que a guerra continua e que, para a Rússia, a violência é uma ferramenta de poder.


