Rússia acusa Europa de estimular Ucrânia e nega plano de atacar a Otan: “Estão criando histeria”

Putin adverte que responderá rapidamente a qualquer provocação: “Fraqueza é inaceitável”

INTERNACIONAL

Nina Campos

10/2/20252 min read

a man in a suit and tie is holding his hand up to his forehead
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Em discurso recente no Fórum Valdai, o presidente Vladimir Putin afirmou que a Europa incentiva a continuidade da guerra na Ucrânia e rejeitou categoricamente que a Rússia tenha planos para atacar membros da Otan. De acordo com ele, está-se fomentando uma “histeria” desnecessária contra Moscou.

Como ele coloca: provocação = resposta rápida

Putin declarou que responderá com agilidade a qualquer ação considerada provocativa. “A fraqueza é inaceitável”, disse, buscando reforçar que a Rússia está vigilante. Ele também acusou quase todos os países da Otan de estarem ativamente envolvidos no conflito por meio de suporte militar, inteligência e treinamento.

Negativa firme sobre ataque à Otan

O porta-voz do governo e o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, reforçaram que a Rússia não planeja atacar países europeus ou membros da Otan. Eles argumentam que as acusações desse tipo são fruto de táticas políticas ocidentais e duplo padrão.

Lavrov disse que “qualquer agressão contra nosso país será respondida de forma decisiva”, mas insistiu que Moscou não tem intenção de expandir o conflito além da Ucrânia.

As falas ocorrem num momento em que incursões com drones sobre espaço aéreo europeu e suspeitas de sabotagem geram alerta nos países da Otan. Autoridades europeias passaram a discutir reforço de defesa coletiva, e investigações estão em curso sobre possíveis violações de fronteiras aéreas.

Rússia, por sua vez, acusa a União Europeia e a Otan de usarem esses casos para justificar militarização e constranger Moscou diplomaticamente.

E agora? O que esperar

A expectativa é de que discursos mais agressivos das duas partes aumentem as tensões em diplomacia, sanções e retaliações militares — mesmo que formas diretas de confronto com países da Otan sejam descartadas (ao menos oficialmente).

A Rússia seguirá afirmando que está defendendo sua segurança — a Europa, que está reagindo ao expansionismo russo. A linha tênue entre dissuasão, propaganda e ação militar será decisiva nos próximos meses.