Putin Propõe Encontro com Zelensky, mas com Condição Improvável: Reunião Teria que ser em Moscou

Em um movimento de grande tensão diplomática, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou que está disposto a se reunir com o líder ucraniano, Volodymyr Zelensky, mas com uma condição que é quase certamente inviável: a reunião teria que ser realizada em Moscou. A declaração foi feita em Pequim, onde Putin participou de uma cúpula com o presidente chinês, Xi Jinping, e o líder norte-coreano, Kim Jong-un. A proposta, que foi uma resposta a um pedido do presidente dos EUA, Donald Trump, é vista como um gesto político que, na prática, não tem chances de se concretizar.

Em uma coletiva de imprensa em Pequim, Putin confirmou que Donald Trump havia lhe perguntado se um encontro com Zelensky seria possível. "Eu disse que sim, é possível. No fim das contas, se Zelensky estiver pronto, que venha a Moscou. Tal reunião acontecerá", declarou o líder russo. No entanto, ele logo em seguida questionou se a reunião teria "algum sentido", mostrando o seu ceticismo em relação a um possível acordo de paz.

A proposta de Putin é considerada inviável para Kiev por motivos de segurança. As autoridades ucranianas afirmam ter frustrado diversas supostas conspirações russas para assassinar Zelensky desde o início da invasão. O presidente da Ucrânia em Moscou seria um risco de segurança inaceitável e um ato de rendição política para o seu país.

A manobra diplomática de Putin ocorre em um momento em que a Rússia está em uma posição de força no campo de batalha. O país controla cerca de um quinto do território da Ucrânia e tem avançado lentamente no leste. A condição de que a reunião seja em Moscou é vista como uma forma de o líder russo ditar os termos das negociações, o que enfraquece a posição de Zelensky.

A guerra, que já se estende há mais de três anos, continua com ataques de mísseis e drones de ambos os lados. Os esforços diplomáticos de Trump para alcançar a paz, até agora, tiveram pouco resultado, e a proposta de Putin é um sinal de que a negociação real ainda está longe de acontecer.