Primeiro-Ministro do Governo Houthi é Morto em Ataque de Israel no Iêmen

Em um novo e grave episódio de escalada no Oriente Médio, o primeiro-ministro do governo houthi no Iêmen, Ahmed al-Rahawi, foi morto em um ataque aéreo atribuído a Israel. A informação foi divulgada pelos próprios rebeldes, que afirmam que al-Rahawi e vários outros ministros foram atingidos durante uma "conferência de rotina" realizada pelo governo. Embora não haja comentários imediatos de Israel, o ataque intensifica a tensão na região, especialmente após a troca de mísseis e a retaliação israelense a ataques anteriores dos houthis.

O governo houthi, que controla a capital do Iêmen, Sanaa, afirmou em um comunicado transmitido pela televisão local que o primeiro-ministro e outros ministros foram mortos em um ataque israelense. A presidência houthi disse que a ação foi uma retaliação por mísseis disparados pelo grupo. A suspeita é de que o ataque tenha sido uma resposta ao recente lançamento de um míssil houthi com um novo tipo de submunição de fragmentação.

A ação em Sanaa se junta a outros ataques que Israel realizou no Iêmen no último domingo (24), em resposta a mísseis disparados pelos houthis contra o território israelense. A mídia local relatou que duas pessoas morreram e cinco ficaram feridas nesses ataques.

Os houthis fazem parte de uma aliança apoiada pelo Irã que se estende por todo o Oriente Médio. Desde 7 de outubro de 2023, quando os ataques do Hamas contra Israel deram início à guerra na Faixa de Gaza, os houthis têm atacado navios no Mar Vermelho em solidariedade aos palestinos e disparado mísseis contra Israel, a maioria dos quais tem sido interceptada.

A morte do primeiro-ministro, Ahmed al-Rahawi, é vista como um golpe significativo para o grupo rebelde, que tem sido enfraquecido pelos ataques israelenses. O ataque ocorre em um momento em que a tensão na região já está alta, e pode ter consequências para a estabilidade do Iêmen e do Oriente Médio.

Os houthis têm sido um dos principais atores no conflito do Oriente Médio. O grupo rebelde, que se opõe à presença dos EUA na região e apoia os palestinos, tem usado mísseis e drones para atacar navios no Mar Vermelho e bases israelenses. A morte de seu primeiro-ministro em um ataque de Israel é um sinal de que a guerra no Oriente Médio está longe de ter um fim, e que o conflito pode se espalhar para outros países, com consequências para a segurança e a economia global.