Ministério da Saúde alerta: evite bebidas destiladas em garrafas de rosca durante crise do metanol

Alexandre Padilha pede cautela e reforça investigação sobre bebidas adulteradas em meio à escalada de casos

NACIONAL

Eduardo Borges

10/4/20251 min read

a bunch of bottles of alcohol on a bar
a bunch of bottles of alcohol on a bar

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, fez um alerta nacional neste sábado (4) sobre o consumo de bebidas destiladas após o aumento de casos de intoxicação por metanol. Ele orientou a população a evitar garrafas com tampas de rosca, apontadas como o principal tipo de embalagem envolvida nas falsificações.

Segundo o ministro, “até agora, o que foi identificado é a presença deste crime em bebidas destiladas com rosca. Não há registro em latinhas ou garrafas com tampas metálicas, como as de cerveja e refrigerante”.

Crescimento preocupante dos casos

O Brasil soma 116 casos suspeitos e 11 confirmados de intoxicação por metanol. O estado de São Paulo concentra a maior parte das ocorrências, inclusive todas as confirmações laboratoriais até o momento. As vítimas relataram sintomas graves como cegueira, convulsões e parada respiratória após ingerirem bebidas adulteradas.

A Polícia Federal e as polícias civis estaduais investigam a origem das bebidas contaminadas, com foco em fábricas clandestinas e distribuidoras que teriam usado o metanol para higienizar garrafas falsificadas. O Ministério da Saúde trabalha junto às forças de segurança para identificar rapidamente novos casos e evitar novas mortes.

Comerciantes e distribuidores também foram orientados a checar a origem dos produtos, o lacre e a numeração das embalagens. Em caso de dúvida, o consumidor pode consultar o Ministério da Agricultura, que mantém os padrões oficiais de registro e autenticidade das bebidas.

Risco real e prevenção

Padilha reforçou que o consumo dessas bebidas, neste momento, representa um risco desnecessário: “Estamos falando de um produto de lazer, não de um item essencial. Evite até ter certeza da origem.”

O sistema de saúde segue em alerta máximo para identificar rapidamente novos casos e garantir o fornecimento dos antídotos, como o fomepizol, recém-adquirido pelo governo junto a fornecedores internacionais.