Ibovespa Bate Novo Recorde Histórico e Dólar Cai com Expectativa de Corte de Juros nos EUA

Mercado brasileiro reage com otimismo à expectativa de corte de juros nos Estados Unidos e à desaceleração da economia no Brasil, enquanto aguarda a decisão sobre a taxa Selic.

ECONOMIA BRASIL

Eduardo Borges

9/15/20252 min read

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O mercado financeiro brasileiro fechou em clima de euforia nesta segunda-feira (15). O Ibovespa, o principal índice acionário do Brasil, renovou suas máximas históricas e voltou a rondar os 144 mil pontos, impulsionado principalmente pela expectativa de um corte nas taxas de juros dos Estados Unidos nesta semana. No Brasil, os números de atividade econômica também favoreceram a aposta de um corte da Selic no início de 2026. A alta do Ibovespa e a queda do dólar mostram que os investidores estão otimistas com o cenário econômico do país, apesar das incertezas no mercado global.

A euforia do mercado foi impulsionada por uma postagem do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que pediu ao presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, um corte “maior” nas taxas de juros. A declaração de Trump, que ocorre antes da reunião do Comitê de Mercado Aberto (Fomc) do Fed, na quarta-feira, aumentou a expectativa de que o banco central americano irá reduzir a taxa em 0,25 ponto percentual. A decisão do Fed, que será acompanhada das projeções econômicas e de uma coletiva de imprensa de Powell, tem um impacto direto no mercado brasileiro e na bolsa de valores.

No Brasil, os indicadores econômicos também alimentaram o otimismo. O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), visto como um sinalizador do PIB, mostrou uma retração de 0,5% em julho, a terceira queda consecutiva. A desaceleração da atividade, somada à melhora nas projeções de inflação, reforça a perspectiva de que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil possa iniciar um ciclo de corte da taxa Selic no início de 2026.

Apesar da expectativa de que o Banco Central mantenha a Selic em 15% ao ano na reunião desta semana, a análise de economistas é de que os riscos aumentaram para um corte antecipado ainda em 2025, caso a taxa de câmbio continue a se valorizar ou a desaceleração da atividade se torne mais acentuada.

A alta do Ibovespa e a queda do dólar são um reflexo da melhora nas projeções econômicas e da confiança dos investidores no Brasil. O Ibovespa fechou em alta de 0,9%, a 143.546,50 pontos, um novo recorde para fechamento, e a máxima do dia chegou a 144.193,58 pontos, superando o topo histórico intradia. O dólar à vista, por sua vez, fechou em baixa de 0,59%, a R$ 5,3220, o que beneficia as empresas que importam e ajuda a controlar a inflação.