Frente Unida: Líderes Europeus Acompanham Zelensky para Reunião Decisiva com Trump

Comitiva que inclui o presidente da França, o chanceler da Alemanha e o primeiro-ministro do Reino Unido se junta a Zelensky para buscar um acordo de paz justo e duradouro.

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Fernando Ramos

8/17/20252 min read

Volodymyr Zelensky e Donald Trump conversam em um encontro oficial.
Volodymyr Zelensky e Donald Trump conversam em um encontro oficial.

Em um movimento estratégico e sem precedentes, uma comitiva de líderes europeus de alto escalão vai se juntar ao presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, na reunião com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, na Casa Branca. A decisão, anunciada neste domingo (17), acontece poucos dias após o encontro bilateral entre Trump e Vladimir Putin, que terminou sem um acordo de cessar-fogo. A presença da comitiva é uma demonstração de força e solidariedade, com o objetivo de garantir que a Europa tenha voz nas negociações de paz.

A delegação é composta por alguns dos nomes mais influentes da política europeia, sinalizando a gravidade do momento e a preocupação com os rumos do conflito na Ucrânia. Entre os líderes que acompanharão Zelensky estão:

  • Emmanuel Macron, presidente da França

  • Keir Starmer, primeiro-ministro do Reino Unido

  • Friedrich Merz, chanceler da Alemanha

  • Ursula von der Leyen, chefe da União Europeia

  • Mark Rutte, secretário-geral da Otan

  • Giorgia Meloni, primeira-ministra da Itália

  • Alexander Stubb, presidente da Finlândia

"Vamos apoiar a Ucrânia por uma paz justa e duradoura pelo tempo que for necessário", afirmou Von der Leyen. A união dos líderes visa evitar um acordo que seja decidido sem a participação direta de Zelensky, buscando "garantias robustas de segurança" para os ucranianos. Macron ressaltou que a Europa deve ser temida para ser livre e que a presença na mesa de negociações é crucial.

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A decisão de acompanhar o presidente ucraniano visa evitar um novo atrito com Trump, como o que ocorreu em um encontro anterior, quando o presidente americano acusou Zelensky de "jogar com a 3ª Guerra Mundial". A comitiva europeia busca um espaço na diplomacia e tenta influenciar as negociações para que o presidente dos EUA não direcione as conversas para que Zelensky ceda os territórios exigidos por Putin — algo considerado inaceitável pelos líderes europeus.

O secretário de Estado americano, Marco Rubio, afirmou que tanto Ucrânia quanto Rússia terão que fazer concessões para chegarem a um acordo de paz. No entanto, a comitiva de líderes europeus busca defender a integridade territorial ucraniana e a soberania do país como ponto inegociável.

Donald Trump e Vladimir Putin se cumprimentam na frente de um avião.
Donald Trump e Vladimir Putin se cumprimentam na frente de um avião.

O encontro na Casa Branca ocorre apenas três dias após a reunião entre Trump e Putin no Alasca, que durou três horas e terminou sem um acordo formal de cessar-fogo. Apesar disso, Trump e Putin elogiaram a conversa, com o presidente americano afirmando que "concordou na maioria dos pontos" com o líder russo. O ponto central da discussão era o destino dos 20% do território ucraniano atualmente ocupado por tropas russas, algo que nenhum dos lados sinalizou abrir mão.

A presença dos líderes europeus na reunião com Zelensky e Trump mostra a importância que a Europa atribui ao conflito e à busca por uma solução que não venha às custas da soberania ucraniana. A diplomacia agora entra em uma fase decisiva, onde a força da união europeia pode determinar os rumos da guerra.