Europa Tem Planos ‘Precisos’ para Enviar Tropas à Ucrânia como Garantia de Segurança, Diz Chefe da UE

Uma notícia de peso agitou a diplomacia europeia neste domingo (31). A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, revelou em entrevista ao jornal Financial Times que a Europa está elaborando "planos bastante precisos" para o envio de tropas multinacionais à Ucrânia. A ação, que não é para o conflito atual, mas sim para o pós-guerra, seria parte de um mecanismo de garantias de segurança para proteger o país e seria apoiada pelas capacidades dos Estados Unidos. A notícia é um sinal claro de que o Ocidente está se organizando para garantir a estabilidade da Ucrânia após o fim do conflito com a Rússia.

O envio de militares europeus à Ucrânia faria parte de um plano de proteção que visa garantir a soberania do país e evitar uma nova invasão russa no futuro. Segundo Ursula von der Leyen, a implantação de "potencialmente dezenas de milhares de militares liderados pela Europa" seria um dos pilares desse mecanismo de proteção. A ação não é para lutar a guerra atual, mas para garantir que o país possa se reconstruir em paz após o conflito.

O plano conta com o apoio dos Estados Unidos, que forneceriam sistemas de controle e comando e ativos de inteligência e vigilância.

Um dos pontos mais importantes da declaração de Von der Leyen foi a revelação de que o presidente dos EUA, Donald Trump, teria garantido o apoio americano ao plano. "O presidente Trump nos garantiu que haverá [uma] presença americana como parte do mecanismo de proteção", disse ela. A afirmação de Von der Leyen mostra que, apesar da ambiguidade do presidente americano em relação ao conflito, ele estaria comprometido com a segurança pós-guerra da Ucrânia. O acordo, segundo o jornal, teria sido acertado em uma reunião entre Trump, Zelensky e líderes europeus no mês passado.

A notícia do plano de envio de tropas vem acompanhada de uma agenda de alta diplomacia. Líderes europeus, incluindo o presidente da França, Emmanuel Macron, o chanceler alemão Friedrich Merz, o primeiro-ministro britânico Keir Starmer, o secretário-geral da Otan Mark Rutte e a própria Von der Leyen, devem se reunir em Paris na próxima quinta-feira (4) para continuar as discussões. O encontro, convocado por Macron, mostra a seriedade com que a Europa está tratando a questão.

A revelação dos "planos precisos" de Von der Leyen é um sinal de que a Europa está disposta a tomar medidas concretas para garantir a segurança da Ucrânia e de todo o continente.