EUA Pressionam G7 a Impor Tarifas sobre Países que Compram Petróleo Russo para 'Acabar com a Guerra'
Representante Comercial e secretário do Tesouro americano reiteraram apelo de Trump por sanções, defendendo que o G7 deve cortar a receita que financia a máquina de guerra de Vladimir Putin.
INTERNACIONAL


O governo dos Estados Unidos está intensificando a pressão sobre seus aliados do G7 para que eles imponham tarifas a países que continuam comprando petróleo russo. Em uma ligação com os ministros das Finanças do bloco, o representante Comercial dos EUA, Jamieson Greer, e o secretário do Tesouro americano, Scott Bessent, reiteraram o apelo do presidente Donald Trump por sanções, afirmando que apenas um "esforço unificado" que "corte as receitas que financiam a máquina de guerra de Vladimir Putin" será capaz de acabar com a guerra na Ucrânia. A pressão americana expõe a divisão do G7 em relação à guerra e o papel do comércio no conflito.
A pressão de Trump sobre o G7 é uma parte central de sua estratégia de política externa. O presidente dos EUA, que tem criticado a falta de ação de seus aliados europeus, quer que o bloco adote uma postura mais agressiva contra a Rússia, usando sanções econômicas para forçar o fim do conflito. Greer e Bessent, em comunicado, afirmaram que os EUA já tomaram "medidas dramáticas" contra os compradores de petróleo russo e que esperam que o G7 se junte a eles para tomar "medidas decisivas neste momento crítico". A fala de Greer e Bessent é um recado claro de que o governo americano não vai aceitar a falta de ação de seus aliados.
O petróleo é a principal fonte de receita para a Rússia e, por consequência, o principal financiador da máquina de guerra de Vladimir Putin. Países como a Índia e a China continuam comprando petróleo russo com desconto, o que tem ajudado a Rússia a manter a guerra. A proposta de Trump de impor tarifas sobre os países que compram petróleo russo visa cortar essa fonte de receita, e, assim, pressionar Putin a buscar uma solução diplomática para o conflito. O G7, que inclui países como Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Japão e Canadá, tem sido cauteloso em relação a sanções mais duras, temendo um impacto em suas próprias economias. A pressão dos EUA, no entanto, pode forçá-los a tomar uma decisão.
A pressão de Trump sobre o G7 expõe a divisão do bloco em relação à guerra. Embora todos os membros do G7 tenham condenado a invasão russa da Ucrânia, eles não têm sido unânimes em relação a sanções mais duras. Alguns países, como a França e a Alemanha, que têm uma forte dependência do gás e do petróleo russos, têm se mostrado mais cautelosos. A pressão dos EUA, no entanto, pode forçá-los a tomar uma decisão. A falta de unidade do G7 é um dos principais fatores que tem impedido que uma solução diplomática para o conflito seja encontrada.


