De Olho no "Tarifaço": China Abre Mercado a Café e Gergelim do Brasil em Acordo Estratégico
Em um movimento diplomático, país asiático libera exportação para mais de 200 empresas brasileiras, oferecendo uma alternativa ao mercado americano.
NOTICIAS


Em um momento crucial de incerteza comercial com os Estados Unidos, o Brasil recebeu uma excelente notícia da China. A Embaixada chinesa no Brasil anunciou neste sábado (2) que abriu seu mercado para a exportação de café, gergelim e farinhas de aves e suínos do nosso país. A medida, que já beneficia 183 empresas de café, 30 de gergelim e 46 de farinhas de origem animal, surge como uma alternativa estratégica em meio à crise do "tarifaço" de Trump.
O anúncio é particularmente simbólico para o setor cafeeiro. A permissão de exportação para 183 novas empresas brasileiras foi comunicada no mesmo dia em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou o decreto que oficializa as tarifas de 50% para produtos brasileiros, incluindo o café.


A Proximidade Comercial com a China:
A aproximação comercial entre os dois países tem se intensificado. A China é o maior importador mundial de gergelim, e agora, o número de estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar o grão para o país asiático saltou de 31 para 61. Essa medida, com validade de 4 anos, foi assinada durante a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil e entra em vigor em 30 de julho de 2025.
Além disso, a liberação para as farinhas de aves e suínos também é um marco. A habilitação de 46 novos estabelecimentos foi possível após a assinatura de um Protocolo Sanitário bilateral.


De Olho na Diversificação:
A China já é o principal parceiro comercial do Brasil, e em 2024 importou mais de US$ 49,6 bilhões em produtos do agronegócio nacional. O governo brasileiro tem estudado a diversificação dos destinos de exportação para minimizar os impactos do "tarifaço" de Trump, e a China se apresenta como um destino estratégico e promissor para o café e outros produtos.
A intenção não é substituir por completo o mercado americano, mas sim garantir a estabilidade e a segurança das exportações brasileiras. A medida chinesa mostra que a diplomacia e o comércio podem ser ferramentas poderosas para superar desafios impostos por outras potências econômicas.