De Olho no "Tarifaço": China Abre Mercado a Café e Gergelim do Brasil em Acordo Estratégico

Em um movimento diplomático, país asiático libera exportação para mais de 200 empresas brasileiras, oferecendo uma alternativa ao mercado americano.

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8/3/20252 min read

Em um momento crucial de incerteza comercial com os Estados Unidos, o Brasil recebeu uma excelente notícia da China. A Embaixada chinesa no Brasil anunciou neste sábado (2) que abriu seu mercado para a exportação de café, gergelim e farinhas de aves e suínos do nosso país. A medida, que já beneficia 183 empresas de café, 30 de gergelim e 46 de farinhas de origem animal, surge como uma alternativa estratégica em meio à crise do "tarifaço" de Trump.

O anúncio é particularmente simbólico para o setor cafeeiro. A permissão de exportação para 183 novas empresas brasileiras foi comunicada no mesmo dia em que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou o decreto que oficializa as tarifas de 50% para produtos brasileiros, incluindo o café.

A Proximidade Comercial com a China:

A aproximação comercial entre os dois países tem se intensificado. A China é o maior importador mundial de gergelim, e agora, o número de estabelecimentos brasileiros habilitados a exportar o grão para o país asiático saltou de 31 para 61. Essa medida, com validade de 4 anos, foi assinada durante a visita do presidente Xi Jinping ao Brasil e entra em vigor em 30 de julho de 2025.

Além disso, a liberação para as farinhas de aves e suínos também é um marco. A habilitação de 46 novos estabelecimentos foi possível após a assinatura de um Protocolo Sanitário bilateral.

De Olho na Diversificação:

A China já é o principal parceiro comercial do Brasil, e em 2024 importou mais de US$ 49,6 bilhões em produtos do agronegócio nacional. O governo brasileiro tem estudado a diversificação dos destinos de exportação para minimizar os impactos do "tarifaço" de Trump, e a China se apresenta como um destino estratégico e promissor para o café e outros produtos.

A intenção não é substituir por completo o mercado americano, mas sim garantir a estabilidade e a segurança das exportações brasileiras. A medida chinesa mostra que a diplomacia e o comércio podem ser ferramentas poderosas para superar desafios impostos por outras potências econômicas.