China Prepara o Maior Desfile Militar em Seis Anos para Revelar ‘Nova Geração’ de Armas
Evento em Pequim vai celebrar 80 anos do fim da Segunda Guerra Mundial e contará com a presença de Vladimir Putin e Kim Jong-un, que assistirão à exibição de mísseis, drones e tecnologias hipersônicas.
INTERNACIONAL


Pequim se prepara para o que promete ser o seu desfile militar mais revelador em seis anos. No dia 3 de setembro, o Exército de Libertação Popular (ELP) vai celebrar o 80º aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial com uma exibição de poder que mostrará a "nova geração" de armamentos produzidos internamente. A expectativa é de que o evento seja um marco na demonstração do avanço militar da China, que tem investido de forma massiva em tecnologia de ponta. A presença de líderes como Vladimir Putin e Kim Jong-un no desfile é um sinal claro da aliança entre os países e uma mensagem direta para o Ocidente.
O desfile, que contará com mais de 10.000 militares, centenas de veículos terrestres e mais de 100 aeronaves, será a maior exibição de avanços militares da China desde 2019. O Major-General Xu Guizhong, do ELP, prometeu que a exibição contará com "grande parte de novos armamentos", nunca antes revelados ao mundo. A lista inclui:
- Drones de última geração: A China tem investido de forma massiva em tecnologia de drones e deve apresentar modelos avançados que podem ser usados para ataque, reconhecimento e inteligência. 
- Sistemas hipersônicos: Os mísseis e sistemas hipersônicos, que viajam a uma velocidade superior a cinco vezes a do som, são uma das maiores apostas da China para rivalizar com os Estados Unidos. 
- Tecnologias de defesa aérea e antimísseis: A China deve exibir novas tecnologias para interceptar mísseis e drones, mostrando que sua defesa está cada vez mais forte. 
- Armas de energia direcionada: O país também deve apresentar novas armas de energia direcionada e sistemas de interferência eletrônica, que são cruciais para a guerra moderna. 
- Mísseis estratégicos: A exibição de mísseis estratégicos, que podem carregar ogivas nucleares, é uma forma de a China mostrar o seu poder de dissuasão. 


A presença de Vladimir Putin e Kim Jong-un no desfile é o ponto de maior destaque do evento. A participação de ambos os líderes é um sinal de que a China está consolidando sua aliança com a Rússia e a Coreia do Norte. A aliança entre os três países é vista como um contrapeso à influência dos Estados Unidos e de seus aliados na Ásia e na Europa. A exibição militar, portanto, é mais do que uma celebração; é uma demonstração de força geopolítica.
O desfile reflete o impressionante avanço militar que a China vem realizando sob o comando de seu líder, Xi Jinping. Segundo analistas, o ELP, que antes era uma das forças armadas mais fracas da Ásia, agora rivaliza e, em algumas categorias, supera o exército dos Estados Unidos. A China tem investido em tecnologia de ponta e em produção interna de armamentos, o que a torna uma potência militar cada vez mais independente.
A expectativa da população chinesa para o desfile é alta, com muitos pedindo um feriado nacional para poderem assistir ao evento na TV. O ELP tem alimentado essa empolgação, prometendo que "mais informações estarão disponíveis em breve" sobre os modelos específicos das armas.


