Chefe do Pentágono Alerta: Mais Operações Militares Perto da Venezuela após Ataque a Barco de Narcotráfico

Secretário de Defesa dos EUA, Pete Hegseth, prometeu que as operações contra ‘narcoterroristas’ não vão parar, em um sinal de que a tensão com o governo de Nicolás Maduro deve aumentar.

INTERNACIONAL

Rafael Alencar

9/3/20252 min read

a man in a suit and tie is giving a speech
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Em um novo e perigoso desenvolvimento da política externa dos Estados Unidos, o secretário de Defesa, Pete Hegseth, afirmou que as operações militares contra o narcotráfico perto da Venezuela não vão parar. A declaração, feita em entrevista à Fox News, acontece após o primeiro ataque conhecido da frota americana na região, que resultou na morte de 11 pessoas em um barco venezuelano. A fala de Hegseth é um sinal de que o governo Donald Trump pretende intensificar a repressão militar no Caribe, em uma ação que é vista pelo regime de Nicolás Maduro como uma ameaça de invasão.

O ataque, que ocorreu na última terça-feira (2), foi a primeira operação conhecida da frota de guerra americana que foi enviada ao Caribe sob o pretexto de combater o tráfico de drogas. O presidente Donald Trump afirmou que o ataque matou 11 pessoas em um barco venezuelano que transportava narcóticos ilegais.

A declaração de Pete Hegseth deixa claro que a ação não foi um incidente isolado. "Temos recursos no ar, na água, em navios, porque esta é uma missão muito séria para nós, e não vai parar apenas com este ataque", disse o secretário. Ele continuou, com um tom de ameaça, que "qualquer outra pessoa que trafica nessas águas e que seja um narcoterrorista enfrentará o mesmo destino". A nova postura dos EUA é uma escalada significativa contra os cartéis de drogas, que agora são classificados como organizações terroristas estrangeiras.

a man in a blue suit and tie with a microphone
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A operação militar dos EUA acontece em um momento de grande tensão com a Venezuela. A frota americana, que inclui navios de guerra, um submarino nuclear e milhares de militares, foi enviada à região sob o pretexto de combater o tráfico de drogas. No entanto, o presidente venezuelano Nicolás Maduro acusou os navios de estarem "apontados" para o país e ameaçou uma "luta armada" se a Venezuela for agredida.

Um especialista em segurança, em entrevista à CNN, corroborou a narrativa de Maduro, afirmando que o tipo de equipamento enviado à região é "claramente um equipamento de ataque e invasão", e não de prevenção ao tráfico. A militarização do Caribe, portanto, é vista como uma ameaça real à soberania da Venezuela.