Bolsonaro é Levado ao Hospital DF Star em Brasília após Passar Mal, Informa Defesa ao STF
Ex-presidente, que foi condenado a 27 anos e 3 meses de prisão, apresentou quadro de mal-estar, pré-síncope e vômitos. É a segunda vez em dois dias que ele vai ao hospital.
NACIONAL


A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) informou, na tarde desta terça-feira (16), ao Supremo Tribunal Federal (STF), que o político foi levado às pressas ao Hospital DF Star, em Brasília, após passar mal. Segundo o atestado médico, o ex-presidente apresentou um quadro de "episódio de mal-estar, pré-síncope e vômitos com queda da pressão arterial". É a segunda vez em dois dias que Bolsonaro precisa de atendimento hospitalar.
Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde 4 de agosto. A medida, que foi determinada pelo ministro relator Alexandre de Moraes, prevê que o ex-presidente só pode sair de casa com autorização judicial. No entanto, uma decisão de Moraes já previa que, em casos emergenciais, como o ocorrido nesta terça-feira, o ex-presidente poderia ser levado ao hospital. A defesa deve apresentar o atestado médico no prazo de até 24 horas.
O retorno de Bolsonaro ao hospital ocorre apenas dois dias após ele ter sido submetido a um procedimento de retirada de lesões de pele no mesmo hospital. No domingo (14), ele ficou por cerca de cinco horas no local. O atestado médico foi assinado pelo cardiologista Leandro Echenique e informa brevemente o quadro de saúde do ex-presidente.
A ida de Bolsonaro ao hospital ocorre em um momento delicado. Na semana passada, o ex-presidente foi condenado pela Primeira Turma do STF a 27 anos e 3 meses de prisão por liderar um plano de tentativa de golpe de Estado. A pena, que ainda cabe recurso, foi determinada em regime fechado, mas a defesa de Bolsonaro já adiantou que vai pedir prisão domiciliar, baseada nas complicações de saúde decorrentes da facada de 2018.
As idas frequentes de Bolsonaro ao hospital são um sinal de que sua saúde é frágil e que a decisão sobre a prisão domiciliar se torna ainda mais importante para o futuro do ex-presidente. A defesa vai usar as complicações de saúde, como as decorrentes da facada de 2018 e da recente cirurgia, para justificar que o regime fechado não pode ser cumprido por ele.


