Banco do Brasil Denuncia à AGU Fake News de Deputados que Ameaçam o Sistema Financeiro Nacional
Em ofício, a instituição acusa Eduardo Bolsonaro e outros políticos de disseminar desinformação com potencial de gerar pânico bancário e comprometer a estabilidade econômica do país.
POLÍTICA BRASIL


Em um movimento sem precedentes, o Banco do Brasil (BB) enviou um ofício à Advocacia-Geral da União (AGU) denunciando a disseminação de fake news que, segundo a instituição, têm potencial para causar um "pânico bancário" e comprometer a estabilidade do Sistema Financeiro Nacional. A instituição pública acusa diretamente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), o deputado Gustavo Gayer (PL-GO) e o advogado Jeffrey Chiquini de propagar a desinformação, em uma ação que o banco classifica como uma nova estratégia para atacar as instituições democráticas do país.
O documento enviado à AGU relata que os ataques contra o Banco do Brasil começaram na última terça-feira (19). O ofício cita como exemplo um vídeo publicado por Eduardo Bolsonaro em que ele afirma, sem qualquer base factual, que o banco "será cortado das relações internacionais, o que o levará à falência". O deputado, com mais de 1,7 milhão de seguidores em uma de suas redes sociais, tem um grande alcance, o que potencializa a desinformação. O banco também menciona publicações do deputado Gustavo Gayer e do advogado Jeffrey Chiquini, que estariam promovendo uma corrida bancária infundada, incentivando a retirada maciça de recursos por parte dos clientes.


A denúncia do Banco do Brasil à AGU vai além da simples disseminação de fake news. No ofício, o banco afirma que a nova estratégia dos envolvidos é a de "coagir, ameaçar e colocar instituições financeiras integrantes do Sistema Financeiro Nacional, notadamente o Banco do Brasil, contra o Supremo Tribunal Federal". A acusação do banco aponta que o ataque à sua credibilidade faz parte de uma tática política maior, visando minar a confiança nas instituições brasileiras. O banco também alerta que a disseminação de informações falsas sobre sanções estrangeiras e bloqueio de ativos de magistrados compromete a ordem econômica, financeira e social, além de colocar em risco o desenvolvimento equilibrado do país.
A preocupação do Banco do Brasil é justificada. A propagação de fake news que incitam a desconfiança em uma instituição financeira pode levar a um "pânico bancário", onde os clientes, temendo o pior, correm para sacar seus recursos. Um evento como esse poderia gerar uma crise sistêmica, com consequências graves para a economia nacional. Ao denunciar a desinformação, o banco busca não apenas proteger sua própria imagem, mas também a estabilidade de todo o sistema financeiro do país.
O BB solicitou que a AGU adote as medidas jurídicas necessárias para conter a desinformação e preservar a integridade do sistema financeiro e das instituições democráticas, cabendo agora à AGU dar os próximos passos.


