Análise dos Fatos: isenção do Imposto de Renda aprovada na Câmara

Após anos de tabela defasada, milhões de trabalhadores deixam de ser penalizados, enquanto a extrema direita tentou sabotar uma conquista histórica da classe média.

ANÁLISE DOS FATOS

Eduardo Borges

10/2/20252 min read

a man in a suit and tie standing next to a man in a suit
a man in a suit and tie standing next to a man in a suit

A Câmara dos Deputados aprovou, por unanimidade, a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física para rendas de até R$ 5 mil por mês. Quem ganha acima desse valor terá descontos escalonados até R$ 7.350, enquanto as alíquotas normais seguem aplicadas aos demais.

Para compensar a queda de arrecadação, o projeto cria um imposto mínimo de 10% sobre rendimentos acima de R$ 50 mil mensais e dividendos que ultrapassem esse teto. A votação terminou com 493 votos favoráveis, sem votos contrários — mas com a ausência de 18 parlamentares, em sua maioria ligados à oposição de extrema direita.

Análise dos Fatos


A aprovação da isenção do Imposto de Renda é uma vitória política do governo Lula e da sociedade brasileira. Mostra que é possível enfrentar a desigualdade tributária, mesmo contra a resistência feroz de uma extrema direita que prefere proteger super-ricos a aliviar a vida da classe média.


Se dependesse da oposição, milhões de trabalhadores continuariam pagando imposto como se fossem privilegiados. A ausência de 18 parlamentares ligados ao bolsonarismo foi tentativa clara de sabotar a votação. O cálculo era simples: impedir Lula de entregar uma conquista concreta que afeta diretamente o bolso da população.


Mas o jogo virou. A mobilização popular — das ruas às redes — mostrou força e obrigou partidos que hesitavam a se posicionar. O medo de desgaste público levou até opositores a cederem, resultando em votação unânime. A vitória não é só do governo, é de uma sociedade que não aceita mais sustentar privilégios enquanto a maioria luta para sobreviver.


A isenção do Imposto de Renda deve ser vista como primeiro passo para uma reforma tributária justa. É preciso avançar em taxação progressiva sobre grandes fortunas, ampliar impostos sobre lucros e dividendos e reduzir a carga sobre consumo, que penaliza os mais pobres. Só assim será possível construir um sistema fiscal que financie políticas públicas sem aprofundar desigualdades.


O GFattos reafirma: justiça tributária é justiça social. A aprovação na Câmara é fruto da pressão popular e da articulação política de um governo comprometido em corrigir distorções históricas. Cabe agora ao Senado honrar essa conquista e garantir que o Brasil avance no caminho da igualdade.

E você, acha que a vitória popular na isenção do IR é só o começo ou o Congresso vai travar mais avanços?