Análise dos Fatos: Bolsonaro articula chapa ao Senado em 2026
A direita tenta se reorganizar em São Paulo para manter poder, mas sua força depende de alianças frágeis e da memória de um governo marcado por crise social.
ANÁLISE DOS FATOS


Jair Bolsonaro se reúne em Brasília com o governador Tarcísio de Freitas para discutir a formação de uma chapa da direita ao Senado nas eleições de 2026. O PL quer consolidar São Paulo como território estratégico, escolhendo nomes que representem a continuidade do bolsonarismo no maior colégio eleitoral do país.
Entre os cogitados estão Guilherme Derrite, secretário de Segurança Pública paulista, além de figuras como Marcos Feliciano, Cezinha Madureira e Ricardo Mello Araújo. Do outro lado, o campo progressista avalia nomes de peso como Fernando Haddad e Simone Tebet.
Análise dos Fatos
A movimentação de Bolsonaro e Tarcísio para montar uma chapa ao Senado em São Paulo mostra que o bolsonarismo em 2026 tenta sobreviver mesmo após a inelegibilidade do ex-presidente. Mas a estratégia repete velhas fórmulas: apostar em nomes ligados à repressão e ao conservadorismo.
O risco é que uma eventual vitória dessa chapa fortaleça um Senado hostil a pautas sociais. Trabalhadores, mulheres, população negra e periférica tendem a ser os primeiros a sentir os efeitos de uma agenda que prioriza privatizações, cortes e endurecimento penal.
Por outro lado, a presença de Haddad ou Tebet pode equilibrar o jogo, oferecendo alternativas de diálogo e de defesa das políticas públicas. O desafio progressista é transformar sua força nacional em votos concretos no maior estado do país, rompendo o domínio simbólico da direita paulista.
Para enfrentar o bolsonarismo em 2026, a esquerda precisa investir em mobilização popular, comunicação direta e candidaturas comprometidas com justiça social. Além disso, é urgente construir alianças amplas que incluam movimentos sociais, sindicatos e partidos democráticos, garantindo que o Senado não seja capturado por interesses contrários ao povo.
O GFattos reafirma: a disputa em São Paulo é mais do que uma eleição. É um campo de batalha entre projetos de país. O futuro não pode ser decidido por quem já demonstrou desprezo pela democracia e pela vida da população.


