Alckmin evita cravar data para encontro entre Lula e Trump e diz que “as coisas estão caminhando”

Vice-presidente defende cautela nas negociações e cita avanços após encontro entre líderes na ONU

POLÍTICA BRASIL

Sofia Cardoso

10/4/20251 min read

a man in a white shirt and a man in a blue shirt
a man in a white shirt and a man in a blue shirt

O vice-presidente e ministro da Indústria e Comércio, Geraldo Alckmin, afirmou neste sábado (4) que ainda não há uma data definida para um novo encontro entre os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Donald Trump, mas garantiu que “as coisas estão caminhando” nas negociações diplomáticas.

Durante entrevista em Brasília, Alckmin destacou que a conversa entre os dois líderes durante a Assembleia Geral da ONU, em Nova York, foi “um primeiro passo importante” para destravar temas comerciais, especialmente o tarifaço norte-americano sobre produtos brasileiros.

Um tom de calma e diplomacia

“O encontro de Lula com Trump foi importante, e nós temos muita convicção de que haverá novos passos por aí”, afirmou o vice-presidente. Sorrindo, ele acrescentou: “Tem dois ansiosos na vida — os políticos e os jornalistas. Vamos aguardar. Eu fui professor de química, e a química é uma ótima solução”.

Alckmin ressaltou que a relação entre Brasil e Estados Unidos “vem melhorando” e que a taxação americana não se justifica, já que os norte-americanos têm superávit comercial com o Brasil.

O ministro dos Transportes, Renan Filho, que acompanhava Alckmin na agenda, afirmou que o diálogo entre os dois países “distensionou” as relações bilaterais. Segundo ele, desde o anúncio das sobretaxas, não houve novos aumentos, o que é visto pelo governo brasileiro como sinal de boa vontade diplomática.

Renan também afirmou que a equipe de Lula acompanha o tema de perto e que há possibilidade de um novo encontro entre os presidentes ocorrer “fora do país, possivelmente nos Estados Unidos”, a depender da agenda internacional de ambos.

Pauta econômica em destaque

As conversas fazem parte de uma estratégia mais ampla de reaproximação comercial entre Brasil e EUA. O governo tenta preservar a indústria nacional, especialmente setores de energia limpa e aço, afetados pelas tarifas impostas durante a gestão Trump.

A expectativa é de que novas medidas de cooperação sejam anunciadas nos próximos meses, envolvendo exportações, investimentos verdes e acordos industriais.